terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paramore - Brand New Eyes (resenha de três das faixas do disco)


O preconceito pode nos afastar de muitas coisas boas. As surpresas vêm de lugares muito inesperados algumas vezes. Todas as músicas que ouvi do disco anterior do Paramore não me empolgaram. Até que veio Decode, tema do filme Crepúsculo, e tinha algo diferente ali. Desse novo disco, Brand New Eyes, gosto muito do primeiro single (Ignorance), pois é uma canção com ‘pegada’ e pelo menos uns três ganchos que podem te fazer querer ouvi-la. Nela, a Hayley mostra o rancor vindo de uma briga com um amigo pelo fato dela ter mudado, mas ele não aceita ou concordar com isso.


Paramore - Ignorance


Misguided Ghost parece ter esse tema como caminho. A melodia folk clássica adornada por apenas uma quase não percebida percussão em um ponto e um segundo violão também muito discreto, hipnotiza pela honestidade e crueza de seus versos. Como uma carta deixada para trás com explicações, a música começa assim: “Eu vou sair por um tempo, mas eu vou retornar, não tente me encontrar porque eu voltarei o mais rápido possível. Veja, eu estou tentando encontrar meu lugar, mas pode não ser aqui onde eu me sinto segura... todos nós aprendemos a cometer erros e fugir deles - fugir deles sem direção". A pressão em lidar com os erros e com as conseqüências de seus atos, misturada com a dor em ter de dizer a outra pessoa que talvez ela já não consiga ser feliz ao seu lado fica clara na contradição em dizer “don't try and follow me 'cause I'll return as soon as possible”, mas confessar que “But it might not be here where I feel safe”. E quem não se reconhece quando ela canta que “as pessoas nas quais mais confiamos nos afastaram para bem longe” ou que “não existe só um caminho e nós não devemos continuar sendo as mesmas pessoas”? Essa é umas das músicas que mais gostei nesse ano.




A maturidade vem chegando ao Paramore e os efeitos disso estão sendo muito bem vindos. Em alguns casos, ela vem como uma doce canção pop, como em The Only Exception, uma mistura de Coldplay (instrumental) com Avril Lavigne (voz) que é um hit em potencial. Ainda não ouvi o disco deles, mas é algo que quero fazer em breve.

Paramore - The Only Exception

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

John Mayer - Who Says (clipe)


Vou começar dizendo que o John Mayer é um dos artistas estrangeiros que mais curto. Acho todos os seus discos muito bons. O cara toca violão como pouco – quando assisto a um vídeo dele tocando Neon até hoje não consigo entender aquela batida-e-dedilhado-ao-mesmo-tempo. Grande compositor de canções. As versões despidas de suas músicas deixam isso claro. Elas não precisam de nada além de sua voz e violão para despertarem encanto. Seu quarto álbum de estúdio, Battle Studies, chegará as lojas dia 17 de novembro.



O primeiro single é a música Who Says. Fala de uma noite solitária e reflexiva embalada por uma doce melodia folk, como o John Mayer sabe muito bem fazer. Mas algo me incomoda nela. Nem é o juvenil “quem disse que eu não posso ficar chapado” que inicia a canção, e sim quando ele canta no refrão “eu não me lembro de você mais bonita do que está hoje, mas, de novo, eu não me lembro de você”. Porque isso me incomoda? Quando o Perez Hilton e o Will.I.Am brigaram alguns meses atrás, o John Mayer falou que achou desnecessário toda comoção que o Perez fez. Ele disse que a Pink uma vez tinha dado uma joelhada na área genital dele mas ele não fez disso um show. Fui procurar o motivo da briga e li que a Pink se irritou porque o Mayer estava conversando numa festa e contando que em uma mesma semana ele tinha dormido com três garotas e enquanto fazia sexo com a terceira, olhou para ela e se perguntou que era aquela mulher. Depois disso ele disse que não ia fazer mais isso (a promiscuidade...) e que tinha feito porque era o que todo muito fazia. Bem babaca né? “Nossa como eu sou um bom homem!”... O pior foi depois ele ter dido “eu sou transo com mulheres estúpidas” e foi aí que a Pink não se controlou e deu-lhe um chute naquele lugar. E foi bem merecido.


Desde o segundo cd (Heavier Things) ele tem tentado mudar sua imagem de garoto tímido e romântico. Nada errado nisso. Mas ele tem feito cada coisa ridícula... Exemplo: ele vestido naquela sunga do Borat, ou quando terminou pela primeira vez com a Jennifer Aniston e foi fazer piada sobre isso numa bar de comédia stand up, ou mesmo a entrevista que ele deu a TMZ contando que ele é que tinha acabado o namoro com a Jennifer.


Fico pensando se esse não é mais um dos casos onde a fama muda a pessoa. No primeiro disco ele um cara que fica se martirizando por ter dito alguma coisa errada ou ofensiva durante um encontro amoroso (My Stupid Mouth), no segundo diz querer ter uma vida caseira (Home Life). E agora é o cara que nem sabe quem é a mulher que está na sua cama. Espero que ele não vire um completo babaca porque nesse caso isso vai afetar seu trabalho. Fica difícil acreditar nele cantando canções de amor sabendo como ele realmente age com as mulheres. Pode parecer bobagem, mas você acaba levando para o lado pessoal.

O clipe de Who Says é razoável. Na minha opinião, faltou mais introspecção. O diretor quis fugir do óbvio, mas o resultado não convence completamente. A cena da piscina, por exemplo, parece uma cena da primeira temporada do seriado Gossip Girl.
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